Os termos fusões e aquisições fazem parte do mundo corporativo e jurídico. Eles são oriundos da expressão em inglês merges and acquisitions (M&A) e indicam transações financeiras de grande porte para promover a integração entre companhias ou a compra de uma organização.
É importante compreender como funcionam essas operações antes de iniciar uma negociação. Afinal, o processo é burocrático e demanda muitas análises prévias. A seguir, explicamos como funciona.
Diferença entre fusões e aquisições de empresas
Os dois conceitos geram impactos para a empresa, os colaboradores e para a situação financeira do empresário. Por isso, é necessário conhecer cada um antes de realizar um investimento como esses.
Fusões
Essa é uma prática realizada, geralmente, por grandes corporações com o objetivo de expandir o mercado e ganhar mais força diante dos concorrentes. Nesse caso, é realizada uma reorganização da empresa para dar início a uma sociedade.
No Brasil, organizações conhecidas pelo público se uniram e hoje conquistaram a liderança em alguns segmentos. Entre os exemplos estão a BRF, formada pela união da Sadia e Perdigão, e o Itaú Unibanco, criado a partir da integração dos dois modelos de negócio (Itaú e Unibanco).
Aquisições
Este método de investimento é mais comum, pois é quando o proprietário (ou grupo societário) de uma companhia adquire outra e passa a ter decisões sobre ela. Logo, a empresa recebe uma nova diretoria e pode passar por mudanças em seus processos.
A grande diferença, neste caso, é a possibilidade de manter a organização com o mesmo nome e atividade. Um exemplo desse tipo de negociação foi a venda do HSBC ao Bradesco.
Quais são as etapas envolvidas nas fusões e aquisições de empresas?
Diante de uma decisão tão importante para o empresário que dedicou anos de sua vida à construção de uma marca sólida no mercado, é necessário avaliar muitos fatores antes de efetuar a fusão ou venda de uma empresa. Veja:
Análise interna e externa
A primeira etapa do trabalho de assessoria consiste em uma análise do mercado interno como:
- aspectos financeiros da companhia;
- dados sobre fornecedores e clientes;
- ciclo de vida do produto;
- estratégias de marketing aplicadas;
- perspectivas de vendas;
- potencial de crescimento;
- credibilidade no mercado.
Também faz parte desse processo uma verificação de todas as documentações legais da organização, como licenças e alvará de funcionamento. Ainda é imprescindível realizar uma análise sobre as declarações fiscais e realizar as devidas regularizações, quando necessárias.
Além disso, determina-se um roadmap para traçar as etapas da negociação e os processos que serão instaurados após a compra ou venda da empresa.
O profissional também faz uma análise sobre os aspectos externos que podem influenciar na continuidade ou não do negócio como: cultura, política, economia e tecnologias envolvidas.
Due Diligence e auditorias
Após avaliar o cenário da companhia, o assessor jurídico faz uma análise sobre o preço ideal para a compra ou venda da empresa. A ideia é dar segurança ao processo e apresentar um valor justo, evitando prejuízos aos envolvidos.
Também é necessário fazer uma comparação dos dados apresentados para verificar se não há inconsistências legais e contábeis, bem como analisar se realmente vale a pena continuar com o processo.
Negociação
Esta etapa compreende a busca de investidores interessados em adquirir o negócio, bem como o esclarecimento de informações e apresentação dos números correspondentes ao faturamento, giro de caixa, potencial de vendas.
Quando um investidor sinaliza interesse na organização, são realizados os procedimentos jurídicos envolvendo questões como:
- termo de confidencialidade;
- memorando com a descrição de todas as informações apresentadas;
- elaboração do contrato de compra e venda.
Também é necessário definir as formas de aquisição e sucessão de passivos para evitar qualquer problema após a assinatura do contrato, bem como realizar um acordo entre os acionistas para ninguém se sentir prejudicado.
Por que buscar uma assessoria especializada em direito empresarial?
Realizar o processo de merge and acquisition exige muitos trâmites burocráticos, análises e comprovações de documentações entre as partes. Há também uma preocupação com a situação financeira dos acionistas e com os resultados da auditoria.
Portanto, isso demanda um conhecimento técnico jurídico, análise global sobre o mercado e habilidade de negociação. Afinal, o comprador exigirá um processo transparente para saber o que encontrará na hora que assumir a companhia.
O escritório de Advocacia Empresarial Sander & Cella – Advogados, está localizada em Chapecó – Santa Catarina e possui uma equipe especializada de advogados, economistas, contadores e administradores, com expertise em atuar em Fusões e Aquisições.
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